sexta-feira, 30 de outubro de 2015

“A menina que roubava livros”  
·         Autor: Markus Zusak
·         Editora: INTRINSECA
·         Tradutor: Ribeiro, Vera


O livro conta a trajetória da “menina que roubava livros” no período da Alemanha nazista. Nesta obra, o autor, através da Morte, tenta provar a si mesmo e ao leitor que a vida, apesar de tudo, vale a pena. Ele se confronta com os fantasmas de seu próprio passado, presentes na trajetória de sua família durante o Nazismo. Os caminhos da Morte e de Liesel se cruzam três vezes entre 1939 e 1943. Mas Liesel é uma sobrevivente, o que impressiona.  Esta narrativa é apenas uma entre as que a Morte poderia contar, escolhida no acervo de experiências que ela transporta em si, tentando compreender a natureza humana e a importância de sua existência. Ela também está em busca do sentido de tudo que vive, em meio à miséria, à morte e à destruição. Nesta cruzada pela compreensão da essência da vida, a garota é guiada pelas palavras, que coincidentemente ou não a perseguem desde sua primeira perda, a do irmãozinho que ela vê morrer a seu lado, em um trem no qual é levada para uma nova vida, não necessariamente desejada por ela. Onde no seu enterro ela furta o seu primeiro livro “O manual do coveiro” Neste momento, ela se encontra diante da primeira oportunidade de furtar um livro, e é justamente a companhia das histórias que dão à menina, no centro da destruição provocada pela guerra - que oferece à Morte um trabalho redobrado -, um eixo de sustentação e um certo sentido para sua existência. Mas também não é qualquer um que sobrevive a uma guerra como esta, vendo tudo e todos desabarem à sua volta, não é qualquer uma que amadurece e permanece viva ao encontrar um propósito maior para sua vida, justamente nas páginas de um livro, ou posteriormente, de um diário. Até  parece que a Morte, ao contrário de todos os prognósticos, tem coração, e o revela ao escolher a trajetória de Liesel para transmitir ao leitor. Há muitas passagens em que esta narradora revela sua ternura, seus cuidados com almas sofridas pela dor e pela crueldade da Guerra, até mesmo sua indignação e revolta com os extremos da desumanidade que os atingem.
 É um livro com uma linguagem simples e acessível, com o enredo gentil fácil e que motiva a pessoa em querer ler mais, fala da natureza humana e a forma ingênua e fácil de segui-la.


Aluna: Amanda Ribeiro Turma: 104/15

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